Leandro Bizetto apura mais de 2 mil protestos contra Pró Saúde

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Pró Saúde tem mais de 2 mil protestos que somam cerca de R$ 20 milhões;
situação deixa a empresa insolvente e, portanto, sem condições de administrar o Hospital de Clínicas

Nesta terça-feira (29), durante a 18ª sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Campo Limpo Paulista, o vereador Leandro Bizetto foi contundente em seu posicionamento contrário acerca da assinatura de contrato, em caráter definitivo, entre a Prefeitura de Campo Limpo Paulista e a Pró Saúde, empresa que administra o Hospital de Clínicas (HC) desde 26 de julho sob contrato emergencial que se encerra em novembro.

Em seu pronunciamento, Bizetto citou que, inicialmente, obteve boas referências sobre sua atuação. No entanto, após uma investigação mais detalhada, constatou-se que "a empresa está em situação lastimável". Ele alertou que a Prefeitura não deve assinar o contrato porque a Pró Saúde é insolvente, ou seja, "é uma empresa que não tem capacidade para quitar as próprias dívidas, tampouco de gerir o nosso hospital". 

Licitação

Leandro recordou que a Prefeitura procedeu a abertura do Chamamento Público 001/2013, referente ao processo administrativo 6489/2013 para o qual se apresentaram duas empresas: Pró-Saúde e KL Saúde. Conforme previsto em edital, a entrega dos planos operacionais ocorreu, no dia 19 de setembro. No início de outubro, Bizetto foi informado, em caráter não oficial, que a Pró Saúde teria sido vencedora por "critérios técnicos". 

Após o episódio que ensejou a sua visita no HC na madrugada do dia 13 de outubro, onde permaneceu da 1h30 até 4 horas da manhã, em razão da falta de médicos no plantão, Bizetto recordou que no dia 15, o diretor geral da unidade, Jean Cleber Spricigo, em reunião com oito vereadores esclareceu o que ocasionou a ausência de plantonistas e se comprometeu em aplicar todos os esforços para que o fato não se repetisse.

Novas denúncias

Depois disso, Bizetto relatou que começou a receber

Se o volume de material pesquisado
impressiona, seu conteúdo causa alarma

algumas informações referentes à Pró Saúde e decidiu aprofundar a investigação. Como resultado, apurou que "a empresa tem 2.129 protestos que totalizam mais de R$ 20 milhões em dívidas". Por se tratar de uma organização social que, provavelmente não tenha nenhum bem em seu nome, há sérias implicações que prejudicariam, e muito, aos pacientes.

Efeito dominó

Leandro explicou que se o contrato com empresa for assinado, considerando que a maior parte das dívidas foram contraídas em 2012 e outra parcela em 2013, as ações de execução serão iniciadas o que implicaria na penhora do repasse que a Prefeitura faria à empresa. " Com isso, como ficará o hospital se ela não vai ter dinheiro para pagar os médicos? Vão começar as reclamações trabalhistas. Assim, Bizetto detalhou que a Prefeitura responde subsidiariamente, ou seja, paga as dívidas contraídas pela empresa e depois, por uma ação de regresso, cobra da Pró Saúde. "Mas vai cobrar o que de uma empresa que deve milhões?", ponderou ou vereador.

Precaução

Como a empresa tem apresentado uma extensa lista de protestos, com reclamações sobre sérios problemas com atrasos de pagamento em Barueri, onde estão atuando desde maio deste ano, Bizetto alertou que acha "viável que o prefeito não assine o contrato definitivo com a Pró Saúde porque senão, o município vai ser o mais prejudicado".

O vereador esclareceu que o levantamento dos dados referentes aos protestos e processos trabalhistas foram realizados nos dias 23 e 24. Ele sugeriu que as informações sejam novamente apuradas pela Prefeitura. Independente de que isso seja feito por parte do Executivo, Leandro adiantou que vai encaminhar um relatório e orientar para que não seja firmado contrato com a Pró Saúde por ser "praticamente, uma empresa falida", concluiu.