quarta-feira, 15 de abril de 2015

Transporte de pacientes e passageiros vira aventura diária

0




Nesta terça-feira (14), durante a 48ª sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Campo Limpo Paulista, o vereador Leandro Bizetto focou seu pronunciamento na tribuna na pauta de transportes. Primeiro, detalhou o coletivo, prestado pela Rápido Luxo Campinas. Em seguida, tratou sobre o transporte de pacientes realizado em ambulâncias a serviço do município.

MULTAS
Sobre a Rápido Luxo Campinas (RLC), Bizetto citou na coluna um bordão bastante popular: 'de rápida não tem nada, de luxo muito menos, também não é de Campinas'.
Ele lembrou sobre ofício encaminhado, em 2014, pela comissão de Obras encaminhou questionado sobre as 2.371 que a Prefeitura alardeou como sendo um grande e inédito feito na cidade. Ao todo, o volume de multas correspondia a R$ 1.414.700,00. Leandro fez a ressalva, porém, que "essas multas não foram inscritas na Dívida Ativa". Bizetto citou que as multas foram canceladas com diversas alegações. Assim, "restou para o município apenas R$ 10 mil", detalhou.

ABRIGOS
Leandro também questionou a Prefeitura sobre a instalação de abrigos de ônibus conforme reza no contrato. Em resposta, assegurou-se que em 2014 seriam instalados dez abrigos no primeiro semestre e mais dez no segundo. "Os primeiros dez foram realizados. No entanto, depois do primeiro semestre do ano passado, nenhum abrigo de ônibus foi feito", relatou.
Bizetto protestou contra o desrespeito ao cidadão por parte da Prefeitura e da RLC. "A empresa vem nadando de braçada em Campo Limpo Paulista. Ganhando dinheiro fácil, fácil, da gente", protestou.  Sobre a tarifa municipal, Leandro recordou que "o prefeito e o diretor abaixaram o preço da passagem e fizeram uma festa na sala de reuniões da prefeitura. Um ano e meio depois, a passagem está em R$ 3,00 e a gente continua com o sucateamento dos ônibus".

FROTA SUCATEADA
Acerca do sucateamento da frota, Leandro contou que "onde estou andando tem ônibus da Rápido Luxo quebrado, atrapalhando o trânsito". Ele reivindica ação do poder competente: "Passou a hora da empresa cumprir o contrato e a Prefeitura precisa cobrar, com veemência, tudo o que está no contrato".
O vereador ponderou, ainda, que parece interessante encher o bolso de dinheiro público e não dar nada em contrapartida. "O prefeito tem de cobrar da RLC ônibus novos, abrigos de ônibus decentes para a população que fica no sol e na chuva e, também, cobrar da empresa as multas que são aplicadas".

VALORES ESTRANHOS
Como a prefeitura sempre alega que "não tem dinheiro", Leandro ressaltou que a "RLC pode devolver um pouquinho do tanto que está levando embora"
Como exemplo dos lucros da empresa, Leandro rememorou que em 2012, a cidade precisava arcar com o transporte de 5400 alunos a um custo de R$ 1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais). No ano seguinte, primeiro do atual governo, o número de alunos passou para 5.489 e o volume de gastos foi para mais de R$ 4 milhões. "É um absurdo", protesta o vereador. "A justificativa seria de dar qualidade aos nossos alunos com ônibus executivo. Mas, na realidade, o que se viu, foram ônibus circulares para as crianças. E ônibus sucateado". Bizetto conclui este tema lembrando que "o que está no papel vai ter de cumprir pelo menos".

AMBULÂNCIAS SUCATEADAS
Em visita ao setor de Ambulância, o vereador relatou que se assustou com o que viu. "Três ambulâncias funcionando para carregar paciente sem condições de uso. O motorista não pode passar de 60km/h ou 70km/h porque senão a roda vai cair, o volante vai virar do outro lado". Este sucateamento de um serviço essencial abre o questionamento do quanto as políticas públicas da atual gestão estão, de fato, contemplando as necessidades do cidadão. "O prefeito precisa melhorar as viaturas. Enviar para concessionárias autorizadas", pontuou. Leandro lembrou, ainda, que "a ambulância serve para cuidar do paciente  e não para estar em condições de ocasionar um possível acidente".

Durante a visita soube, também, que os servidores estão com um serviço de alimentação precário. Ao que tudo indica há um desrespeito a regras em curso que serão apuradas. Segundo ponderações dos próprios funcionários, deve estar ocorrendo que "determinada pessoa ganha a licitação, terceiriza para B e quarteiriza para C"

O resultado não poderia ser outro: funcionários estão recebendo comida com bigato, gelada, verduras mal lavadas. "Se está pagando, tem de exigir o melhor", alertou Leandro. Ele conclui lembrando que os funcionários tem que ter condições de trabalho. "Não é simplesmente faça o que pede, porque é isso o que tem. Não é. Tem dinheiro. Tem tudo pra fazer uma cidade boa. É preciso equalizar os custos para dar qualidade aos funcionários. Não adianta exigir deles se não tem boas condições de trabalho".

0 comentários:

Postar um comentário

 
Design by ThemeShift | Bloggerized by Lasantha - Free Blogger Templates | Best Web Hosting